Em resposta a esse desafio monumental, foi inaugurado no dia 9 de junho de 2025, no interior de São Paulo, um centro de inovação dedicado a criar soluções para esses gargalos estruturais. O espaço, com 1.260 m², está equipado para fomentar a colaboração entre diferentes atores do setor — colaboradores, startups, universidades e fornecedores — com foco em eficiência, sustentabilidade e impacto real (Aegea Blog).
O que esse hub traz de novo?
- Ambiente multifuncional, projetado por Casarini Arquitetos e consultoria Inventta, com laboratórios, salas flexíveis, auditório, café, estúdios de gravação e uma sala de experimentação que estimula o pensamento criativo.
- Ecossistema de inovação estruturado, com programas que aproximam ideias da prática operacional:
- Hackathons imersivos, começando em junho e com mais cinco rodadas previstas até novembro, com foco em problemas concretos da operação.
- Programa de intraempreendedorismo, capacitando equipes em metodologias ágeis e design thinking.
- Programa de Ideias, aberto a todos os colaboradores para propor soluções operacionais testáveis e escaláveis.
- Inovação Aberta, prevista para começar em agosto, com chamadas públicas para seleção de parceiros como startups, universidades e fornecedores.
Além disso, os projetos são pensados em três horizontes:
- Horizonte 1 – foco operacional: tecnologia para tratamento de água, atendimento e equipes de campo.
- Horizonte 2 – foco estratégico: gestão digital de ativos, perdas, economia circular, mudanças climáticas.
- Horizonte 3 – além do core: inovações financeiras e negócios adjacentes.
Primeiro hackathon: soluções que partem da operação
Nos dias 11 e 12 de junho, o espaço foi palco do primeiro hackathon, reunindo colaboradores de diversas unidades para encontrar soluções para desafios reais:
- 1º lugar – EducAE: plataforma de cursos gratuitos para motivar o cliente a atualizar seus dados e fortalecer a relação com o serviço.
- 2º lugar – InterligAE: iniciativa que combina microcrédito e capacitação local para incentivar a adesão à rede de esgoto em baixa renda.
- 3º lugar – AEPerdas: processo de crítica de leitura com validação externa e georreferenciamento para corrigir bases históricas e melhorar faturamento.
Por que isso faz diferença para o saneamento no Brasil
A criação de um ambiente físico e cultural de inovação, conexões práticas com desafios operacionais e abertura a parceiros externos representam um avanço significativo para um setor marcado por lentidão na adoção de novas soluções.
O modelo promove uma abordagem pragmática da inovação, com foco direto na realidade dos serviços (água, esgoto, atendimento, perdas, inclusão social) — e não apenas na teoria.
Isso reforça a importância de estruturas semelhantes ao redor do país, capazes de acelerar o alcance das metas do Marco Legal do Saneamento e reduzir o déficit estruturado que afeta milhões.
Conclusão
Este hub representa um exemplo concreto de como o setor pode olhar para dentro, conectar diferentes atores e transformar desafios em resultados através da inovação estruturada e focada na operação. É um caminho que merece atenção e reflexão — e que pode inspirar outras iniciativas com impacto real no saneamento brasileiro.
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