Soluções com fornecedores e casos de sucesso
Hidrojato (caminhões de alta pressão)
Técnica amplamente difundida para desobstrução de galerias pluviais. Caminhões equipados com bombas de alta pressão removem areia, lama, lixo e raízes rapidamente e com segurança, reduzindo intervenções emergenciais.
Fornecedores no Brasil: Real Hidrojato, Universo Ambiental, Minaslimp.
Caso de sucesso: Natal/RN reportou a retirada de aproximadamente 9 mil toneladas de resíduos de galerias em 2025, com uso sistemático de hidrojateamento e rotinas preventivas, reduzindo pontos críticos de alagamento.
CFTV e vídeo-inspeção de tubulações
A inspeção com câmeras (de empuxo ou robotizadas) permite visualizar trincas, infiltrações e juntas desalinhadas sem escavação.
Facilita o diagnóstico e direciona a limpeza e o reparo apenas para os trechos necessários.
Equipamentos: kits profissionais com 30–120 m de cabo e recursos de gravação; ampla oferta no mercado nacional.
Caso de sucesso: No Distrito Federal, a vídeo-inspeção vem sendo aplicada para identificar falhas em galerias e priorizar trechos que necessitam de limpeza ou recuperação estrutural.
Telemetria e sensores IoT
Sensores de nível/fluxo instalados em poços de visita enviam alertas em tempo real sobre risco de transbordamento, sedimentação atípica ou obstrução, viabilizando manutenção preditiva e deslocamento de equipes somente quando necessário.
Fornecedores no Brasil: Khomp (LoRa/nível), Alfacomp (telemetria para saneamento).
Aplicação prática: Municípios que instalaram sensores em pontos críticos reduziram rondas presenciais e ganharam agilidade na resposta a cheias localizadas.
Programas estruturados de limpeza de bocas de lobo e galerias
Gestão de rotas, frequência e indicadores de desempenho aumenta a eficiência com os mesmos recursos.
Checklists, registros fotográficos e relatórios por setor ajudam a manter a capacidade hidráulica e evitar alagamentos.
Casos de sucesso: Cuiabá limpou ~2.000 bocas de lobo em 2025, reduzindo demandas emergenciais.
Porto Alegre (DMAE) intensificou a limpeza de macrodrenagem na Zona Norte, ampliando a capacidade de escoamento em chuvas intensas.
Separadores hidrodinâmicos (HDS)
Dispositivos instalados na rede para reter sólidos, areia e óleos, reduzindo a frequência de limpeza manual ou por hidrojato e prevenindo assoreamento a jusante.
Fornecedor: Hidrostank (linhas para retrofit e novas implantações).
Benefício: CAPEX pontual que diminui OPEX de manutenção ao longo do tempo.
Drones para inspeção de superfície
Mapeiam rapidamente bacias de detenção, canais e áreas suscetíveis à erosão/alagamento, com segurança e menor custo operacional.
Otimizam a priorização de equipes e a definição de rotas de serviço.
Aplicação prática: Prefeituras utilizam drones para reconhecimento pós-chuva, evitando riscos a trabalhadores e direcionando hidrojato e vídeo-inspeção.
Robôs de inspeção e corte (crawlers)
Equipamentos autopropelidos que percorrem longos trechos de galerias com câmera pan-tilt e ferramentas de corte de raízes e incrustações internas. Indicados para galerias extensas, com risco de acesso humano, ou quando é necessária inspeção detalhada.
Aplicação prática: Capitais brasileiras adotam crawlers em redes de maior porte para elevar segurança e precisão do diagnóstico antes do reparo.
EPAMS – Sistema antivórtice de captação
Tecnologia aplicada em grandes coberturas (shoppings, aeroportos, estádios) para captação de pluviais em seção plena, evitando vórtices e ar indesejado. Aumenta a eficiência hidráulica e reduz manutenção em condutores e galerias.
Fornecedor: Saint-Gobain PAM (SGPAM).
Diferencial: maior capacidade de captação com menor diâmetro e menor incidência de entupimentos.
Como será o futuro da manutenção de drenagem
O futuro combina monitoramento contínuo, robótica e soluções físicas inteligentes.
Sensores IoT integrados a centrais de operação transformarão manutenção corretiva em preditiva.
Robôs capazes de inspecionar e limpar sem intervenção humana tendem a se popularizar, reduzindo riscos e custos.
A modelagem computacional e a inteligência artificial ajudarão a prever pontos de falha e otimizar recursos.
Em paralelo, a infraestrutura verde (jardins de chuva, biovaletas, wetlands construídos) reduzirá a carga de sólidos e picos de vazão, aliviando a rede e diminuindo o OPEX ao longo do tempo.
Em síntese, a integração entre hidrojato, vídeo-inspeção, telemetria e dispositivos passivos posiciona municípios e companhias na vanguarda da gestão eficiente da drenagem urbana — com mais segurança à população,
menos gasto emergencial e maior resiliência frente às mudanças climáticas.
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